terça-feira, 31 de maio de 2011

Atos secretos

"Atos secretos

          A expressão com a qual nossos digníssimos senadores camuflavam suas ações que, segundo eles, nada tinham de ilegais, mas que preferiam manter ocultas da sociedade, lembram o título de filme de Hollywood. Quando acusados de passar a maior parte do tempo discutindo as suas próprias mazelas, se acusando e chafurdando no lamaçal de sua iniquidade, se defendem, afirmando que têm discutido e aprovado uma quantidade significativa de medidas importantes. Seria interessante fazer um levantamento estatístico, exibindo o tempo em que trabalham dentro das funções para as quais foram eleitos e o tempo gasto com CPIs, agressões verbais e debates sobre a roubalheira, a corrupção e os desmandos que caracterizam o mandato de grande parte deste Congresso. Como em partidas de futebol, deveriam ser obrigados a prorrogar, em dias de trabalho extra ou a terem descontados de seus salários, o tempo pago pelos contribuintes e roubado de forma tão vergonhosa. Atos secretos, não são atos retos de seres humanos que podem caminhar eretos. Só para rimar. Será que é assim que caminha a humanidade?"
Professor Cacá

Campanha da Fraternidade meu planeta terra.

Euniverso - SOS Planeta Terra

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Revolução Industrial

O pioneirismo inglês

     Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital, recursos naturais, mercado, transformação agrária.
     Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia, a burguesia conquistou os merca­dos mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes dava o controle dos mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.
     Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Uni­dos, Índia e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.
     Os capitais também vinham do tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como Portugal. Provavelmente, metade do ouro brasileiro acabou no Banco da Inglaterra e financiou estradas, portos, canais. A disponibilidade de capital, associada a um sistema bancário eficiente, com mais de quatrocentos bancos em 1790, explica a baixa taxa de juros; isto é, havia dinheiro barato para os empresários.
     Depois de capital, recursos naturais e merca­do, vamos ao quarto elemento essencial à industrialização, a transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com a gentry no poder, dispararam os cercamentos, autorizados pelo Parlamento. A divisão das terras coletivas beneficiou os grandes proprietários. As terras dos camponeses, os yeomen, foram reunidas num só lugar e eram tão poucas que não lhes garantiam a sobrevivência: eles se transforma­ram em proletários rurais; deixaram de ser ao mesmo tempo agricultores e artesãos.
     Duas conseqüências se destacam: 1) diminuiu a oferta de trabalhadores na indústria doméstica rural, no momento em que ganhava impulso o mercado, tornando-se indispensável adotar nova forma de produção capaz de satisfazê-lo; 2) a proletarização abriu espaço para o investimento de capital na agricultura, do que resultaram a especialização da produção, o avanço técnico e o crescimento da produtividade.
     A população cresceu, o mercado consumidor também; e sobrou mão-de-obra para os centros industriais.

 

Mecanização da Produção



     As invenções não resultam de atos individuais ou do acaso, mas de problemas concretos coloca­dos para homens práticos. O invento atende à necessidade social de um momento; do contrário, nasce morto. Da Vinci imaginou a máquina a vapor no século XVI, mas ela só teve aplicação no ,século XVIII.
Para alguns historiadores, a Revolução Industrial começa em 1733 com a invenção da lançadeira volante, por John Kay. O instrumento, adaptado aos teares manuais, aumentou a capacidade de tecer; até ali, o tecelão só podia fazer um tecido da largura de seus braços. A invenção provocou desequilíbrio, pois começa­ram a faltar fios, produzidos na roca. Em 1767, James Hargreaves inventou a spinning jenny, que permitia ao artesão fiar de uma só vez até oitenta fios, mas eram finos e quebradiços. A water frame de Richard Arkwright, movida a água, era econômica mas produzia fios grossos. Em 1779, S Samuel Crompton combinou as duas máquinas numa só, a mule, conseguindo fios finos e resistentes. Mas agora sobravam fios, desequilíbrio corrigido em 1785, quando Edmond Cartwright inventou o tear mecânico.
     Cada problema surgido exigia nova invenção. Para mover o tear mecânico, era necessária uma energia motriz mais constante que a hidráulica, à base de rodas d’água. James Watt, aperfeiçoando a máquina a vapor, chegou à máquina de movi­mento duplo, com biela e manivela, que transformava o movimento linear do pistão em movimento circular, adaptando-se ao tear.
     Para aumentar a resistência das máquinas, a madeira das peças foi substituída por metal, o que estimulou o avanço da siderurgia. Nos Esta­dos Unidos, Eli Whitney inventou o descaroça­dor de algodão.

 

Revolução Social


sapataria inglesa

     A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores em fábricas. O aspecto mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi esta separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram a assalariados dos capitalistas (donos do capital).
     Uma das primeiras manifestações da Revolução foi o desenvolvimento urbano. Londres chegou ao milhão de habitantes em 1800. O progresso deslocou-se para o norte; centros como Manchester abrigavam massas de trabalhadores, em condições miseráveis. Os artesãos, acostumados a controlar o ritmo de seu trabalho, agora tinham de submeter-se à disciplina da fábrica. Passaram a sofrer a concorrência de mulheres e crianças. Na indústria têxtil do algodão, as mulheres formavam mais de metade da massa trabalhadora. Crianças começavam a trabalhar aos 6 anos de idade. Não havia garantia contra acidente nem indenização ou pagamento de dias para­dos neste caso.
     A mecanização desqualificava o trabalho, o que tendia a reduzir o salário. Havia freqüentes paradas da produção, provocando desemprego. Nas novas condições, caíam os rendimentos, contribuindo para reduzir a média de vida. Uns se entregavam ao alcoolismo. Outros se rebelavam contra as máquinas e as fábricas.
 Fonte: www.culturabrasil.pro.br


Movimento Ludita



     Nos fins do século XVIII, corria o boato de que um enfurecido operário britânico chamado Ned Ludd certa vez havia quebrado as máquinas de seu patrão. Mesmo não tendo comprovação, a história serviu de inspiração para vários operários que viam nas máquinas a razão de sua condição de miséria. Nascia assim, na Inglaterra, o Ludismo ou Movimento Ludita.
     Os luditas geralmente agiam secretamente, endereçando cartas anônimas aos seus patrões exigindo o fim do uso das máquinas que restringiam a oferta de emprego. Muitas vezes, organizavam grupos que invadiam fábricas e depredavam todas as máquinas presentes. Enquanto a destruição acontecia, uma massa de operários e desempregados aprovava a ação com gritos de apoio e calorosas palmas.
     A reação das autoridades inglesas contra esses levantes foi marcada por vários conflitos entre os policiais e os trabalhadores. Finalmente, no ano de 1812, o Parlamento Britânico aprovou a Frame Braking Act, lei que punia a quebra de máquinas com a pena de morte.
     Isso nos faz entender que a rebelião ludita causou impacto significativo e determinou uma experiência de oposição entre o homem e a tecnologia.

     Apesar de não carregar um conteúdo ideológico, os luditas foram de suma importância para que o molde de desenvolvimento do capitalismo fosse questionado. Afinal de contas, o que garantia que o surgimento de tantas máquinas traria reais benefícios à coletividade? Ainda hoje, deslocada para o contexto da questão ambiental, essa mesma questão preocupa ambientalistas e estudiosos.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Exercícios: imperialismo norte-americano

1- A Guerra de Secessão (1861-1865) foi motivada,entre outras coisas, pelo regime de trabalho nos Estados Unidos.

a)Caracterize os regimes de trabalho no norte e no sul dos EUA ás vésperas da Guerra.
b) De que modo o desfecho da Guerra de Secessão influenciou a industrialização daquele país?

2-correta(s) sobre a Guerra de Secessão dos Estados Unidos.História da Riqueza dosEstados Unidos. São Paulo: Brasiliense, 1983,p.154)
Leia o texto e assinale a(s) alternativa(s)
“Tinha que haver uma luta. Talvez não fosse necessária uma guerra muito longa, que matasse muita gente, mas o desacordo e os ressentimentos tinham que vir. O país se chamava Estados Unidos, mas só no nome, não na realidade. Os estados do sul e do norte trabalhavam de maneira diferente,pensavam diferente, viviam diferente.”
(HUBERMAN, Leo.
01) Ao final da guerra de secessão, foram aprovadas pela União tarifas alfandegárias protecionistas em favor da indústria norte-americana.
02) A principal conseqüência da guerra de secessão foi a adoção nos EUA dos estatutos de igualdade racial que garantiam a punição da discriminação racial.
04) Como previsto no texto, o período de guerra foi de apenas dois anos, com destruição material pouco significativa e pouco mais de 3.000 soldados mortos.
08) No período que antecedeu a guerra, os estados do Sul eram predominantemente agrícolas, escravistas e livre-cambistas e os do norte eram mais industrializados e protecionistas.
16) O estopim para a guerra foi o assassinato do presidente Abraham Lincoln, em um teatro de Washington, por um ativista político industrialista.

3-Nos Estados Unidos, a expansão para o Oeste se completou no final do século XIX. Discorra sobre esse fenômeno histórico no que se refere
a) à questão indígena e à incorporação de terras para a agricultura.
b) ao Oeste, como temática da cultura norte-americana, por exemplo na literatura, no cinema e nos meios de comunicação.
Resposta
A) A expansão norte-americana para o Oeste representou o processo de aniquilação das nações indígenas presentes na região. Ao expandir as fronteiras cada vez mais para o Oeste os colonos, como auxílio das forças militares e das empresas ferroviárias, dizimaram aldeias inteiras, além de destruir completamente os recursos naturais disponíveis para a manutenção dessas comunidades. As terras foram rapidamente ocupadas pelos chamados “desbravadores”, que recebiam amparo legal e material do governo dos EUA (Homestead de 1862). Aos poucos as terras selvagens do Oeste foram incorporadas ao território americano a partir da supostamente “épica” marcha para o Oeste.

B) A expansão para o Oeste é um dos temas formadores da auto-imagem do norte-americano. O cow-boy é apresentado pelo cinema como herói destemido que simbolizaria a ímpeto empreendedor da nação americana. Nos filmes mais antigos as figuras do índio e a do mexicano são apresentadas de maneira caricatural e pejorativa. Na literatura as histórias de mocinhos e bandidos formam o imaginário simplista que reforçam idéias formadoras de um “destino manifesto” na luta entre o bem e o mal. Curiosamente esse maniqueísmo está presente em toda produção cultural dos EUA e ainda determina o tom nas relações entre os governos norte-americanos e as demais nações. Comentários dos professores Claudio Recco e Hélio Moreti para o ALFERES VESTIBULARES de S Paulo.

Expansão dos Estados Unidos

      Depois de proclamada a independência, os estadunidenses organizaram o Estado e formaram um governo de unidade nacional, superando as divergências entre as Treze Colônias.
     Em 1823 foi editada a Doutrina Monroe pelo presidente James Monroe, e resumida na expressão "América para os americanos", essa doutrina visava, em um primeiro momento, a responder as tentativas de recolonização da América previstas pelo Congresso de Viena. Ao longo do século XIX, contudo, ela ganhou claros contornos de imperialismo sobre a América Latina.                   
      A primeira metade do século XIX na História dos EUA foi marcada pela conquista de territórios em direção ao Oceano Pacífico, conhecida como "a marcha para o Oeste", em prejuízo aos mexicanos e aos indígenas.


      A primeira fase da expansão territorial dos Estados Unidos foi impulsionada pela "corrida do ouro", de 1848 a 1860, após a descoberta do metal na Califórnia, que desencadeou um gigantesco fluxo migratório. A segunda fase da colonização do oeste ocorreu de 1865 a 1890. Nas duas etapas ocorreu a entrada de milghares de imgrantes europeus, atraídos pelo desejo de "fazer a América" . Em especial na segunda etapa, o governo estadunidense incentivou a fixação dos novos povoamentos através do Homestead Act.

  • Guerra de Secessão
     A Guerra de Secessão foi um conflito militar que ocorreu nos Estados Unidos, entre os anos de 1861 e 1865. De lado um  ficaram os estados do sul contra os estados do norte.
     A Guerra de Secessão consistiu na luta entre 11 Estados Confederados do Sul latifundiário, aristocrata e defensor da escravidão, contra os Estados do Norte industrializado, defendiam um política alfandegária protecionista que evitasse a concorrência de produtos importados e a abolição da escravidão. Estas diferenças estão entre as principais causas da guerra e têm origem ainda no período colonial: enquanto o desenvolvimento do Norte estava ligado à necessidade de crescimento do mercado interno e do estabelecimento de barreiras proteccionistas, o crescimento Sulista era baseado precisamente no oposto, ou seja: o liberalismo econômico que abria todo o Mundo às agro-exportações e com mão-de-obra escrava (de origem africana) como base da produção.


     Em 20 de dezembro de 1860, antes de Lincoln (defendia a política econômica do norte, assim como o fim da escravidão),, a Carolina do Sul e outros dez estados sulistas abandonaram a união e, em fevereiro de 1861, fundaram os Estados Confederados do Sul. Em reposta, os estados do norte declararam guerra aos estados do sul. Em abril de 1865 terminou a guerra, os confederados renderam-se. A escravidão foi abolida. A partir de então, o capitalismo estadunidense desenvolveu-se em sua plenitude. O isolacionismo deu lugar a uma postura imperialista, que, ainda no século XIX, atingiria a América Latina e, já no século XX, os demais continentes.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Exercícios - Guerra Fria

1- No final da década de 1940 é construído o Muro de Berlim, também conhecido como “muro da vergonha” dividiu a Alemanha em duas partes, em que uma teve um maior desenvolvimento, com um padrão de vida mais confortável para os alemães, porém com uma grande necessidade de mão de obra, situação totalmente contrária na outra parte da Alemanha. A Alemanha em que era visível esse desenvolvimento e o sistema econômico a que pertencia era, respectivamente:



a)     Alemanha Oriental/Capitalismo

b)     Alemanha do Norte/Socialismo

c)     Alemanha Ocidental/Capitalismo

d)     Alemanha do Sul/Socialismo

e)     Alemanha Ocidental/Socialismo

2- Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética, não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS.
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras,1996)

O período citado no texto e conhecido por “Guerra Fria” pode ser definido como aquele momento histórico em que houve

(A) corrida armamentista entre as potências imperialistas européias ocasionando a Primeira Guerra Mundial.
(B) domínio dos países socialistas do Sul do globo pelos países capitalistas do Norte.
(C) choque ideológico entre a Alemanha Nazista / União Soviética Stalinista, durante os anos 30.
(D) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como a China e o Japão.
(E) constante confronto das duas superpotências que emergiram da Segunda Guerra Mundial.




Guerra Fria

"Dia 6 de agosto de 1945. Um bombardeiro norte-americano chamado,Enola Gay jogou sobre a cidade japonesa de Hiroshima um bomba atômica. (...)Três dias depois, outra bomba, apelidada  de Fat Man, era atirada contra a cidade de Nagasaki. As bombas eram resultados de pesquisas feitas desde o início da guerra, no chamado Plano Manhattan.
Os efeitos das bombas foram devastadores e aterrorizantes. Metade da população das duas cidades teve morte imediata. Em um raio de quatro quilômetros, praticamente 90% da população de Hiroshima e 74% de Nagasaki sofreram queimaduras graves. (...) Há estimativas de que o número de mortos nas duas cidades ultrapassou 300 mil pessoas. Outras milhares morreram depois, vítimas da radiação, da fome e de doenças.
O ataque foi ordenado pelo presidente norte-americano Harry Truman, sob a alegação de que apressaria o final da guerra, ao obrigar os japoneses a aceitarem a derrota militar. Naquele momento, o Japão não tinha condições de continuar o conflito, mas nada indicava uma rendição(...) A ideia era acabar com a guerra, mas também impedir que os soviéticos avançassem na região do Pacífico.
As bombas atômicas que explodiram nas cidades japonesas inauguraram um novo conflito que marcou a história do século XX: a Guerra Fria.
Nas décadas seguintes, EUA e URSS se enfrentariam em todas as áreas- econômica, política, ideológica, cultural e até esportiva-, embora nunca tenham travado uma guerra frontal. Possuidores de arsenais atômicos comcapacidade de destruir o planeta várias vezes, uma guerra entre esses dois países poderia significar a extinção da espécie humana. O antagonismo entre norte-americanos e soviéticos durou 45 anos, deixando marcas na vida de milhões de pessoas. Foi encerrado em 1991, quando a URSS deixou de existir."

Fonte: História - vol.3 - Autores: Ronaldo Vainfas, Sheila de Castro Faria, Jorge Ferreira e Georgina dos Santos

           Paz Armada
              Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos  países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia. Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

            Corrida Espacial
            EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos  corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

Caça às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo.Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.

"Cortina de Ferro"
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro". 

Plano Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

Envolvimentos Indiretos

Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 

Fim da Guerra Fria
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

Exercícios - Brasil-Colônia

1-Na opinião do historiador Caio Prado Jr., todo povo tem na sua evolução, vista a distância, um certo sentido. Este se percebe, não nos pormenores de sua história, mas no conjunto dos fatos e acontecimentos essenciais...

Assinale a alternativa que corresponde ao "sentido" da colonização portuguesa no Brasil.
a) A colonização se estabeleceu dentro dos padrões de povoamento e expansão religiosa.
b) A colonização foi um fato isolado, portanto, uma aventura que não teve continuidade.
c) A colonização foi o resultado da expansão marítima dos países da Europa e, desde o início, constituiu-se numa sociedade de europeus sem nenhuma miscigenação.
d) A colonização se realizou no "sentido" de uma vasta empresa comercial para fornecer ao mercado internacional açúcar, tabaco, ouro, diamantes, algodão e outros produtos.
e) A colonização portuguesa teve, desde cedo, o objetivo de criar um mercado nacional no Brasil.
2-O tráfico negreiro paralisou o crescimento da população na África. No século XVII, a população africana equivalia à da Europa e representava um quinto da população do globo. No século XX, representava menos da décima terceira parte da população mundial, segundo Maurice Halbwachs.
Através do tráfico, o Brasil recebeu grandes contingentes de escravos africanos, que se distribuíram, no território, da seguinte forma:
a) na produção do café, em São Paulo, desde o século XVII; a partir de século XVIII, na Bahia e em Pernambuco;
b) os maiores contingentes de escravos africanos vieram para as áreas produtoras de açúcar, posteriormente para a região das minas e, só mais tarde para São Paulo, na produção de café;
c) para Minas, logo no início do século XVI; em seguida para o Espírito Santo, Pará e Alagoas, com a produção de açúcar e, por último, para Pernambuco e Bahia;
d) na região algodoeira, onde o modo escravista de produção foi dominante e, em seguida, para a região da borracha;
e) no Rio de Janeiro, com a vinda da família real e no Rio Grande do Sul, como a mão-de-obra de uma agricultura do tipo familiar.
3-No Período Colonial Brasileiro, a implantação do trabalho escravo dos africanos deveu-se
a) ao desconhecimento de técnicas de produção agrícola pelos indígenas, à fácil adaptação do negro às condições de trabalho e à necessidade de ocupar o território.
b) à passividade do negro, à facilidade de produzir tabaco e aguardente e à aceitação por parte dos jesuítas do trabalho compulsório.
c) à pouca distância entre o Brasil e a África, à belicosidade dos grupos indígenas e ao desinteresse dos portugueses na produção agrícola.
d) ao pequeno crescimento demográfico da Metrópole, à proteção dos indígenas nas missões jesuíticas e à facilidade de extração do ouro de aluvião.
e) à abundância de terra, à necessidade de produzir em alta escala um produto de grande aceitação no mercado europeu e à alta lucratividade do tráfico.
4-No Brasil, a estrutura social do engenho constituiu-se em um exemplo clássico das formas de
a) dominação colonialista.
b) instituição liberal.
c) exploração feudal.
d) cooperação socialista.
e) organização pré-industrial.
5-A política econômica do mercantilismo explica, no Brasil Colônia, a
a) decadência da economia de subsistência no Nordeste.
b) introdução do trabalho assalariado na agricultura.
c) implantação da empresa agrícola açucareira.
d) implementação da indústria têxtil no Sudeste.
e) prática econômica da substituição de importações.
6-Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação das Capitanias Hereditárias.
c) criação do sistema de governo geral e câmaras municipais.
d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das Sesmarias.
7-"A armada de Martim Afonso de Sousa, que deveria deixar Lisboa a 3 de dezembro de 1531, vinha com poderes extensíssimos, se comparados aos das expedições anteriores, mas tinha como finalidade principal desenvolver a exploração e limpeza da costa, infestada, ainda e cada vez mais, pela atividade dos comerciantes intrusos."
(HOLANDA, Sérgio Buarque de. "As Primeiras Expedições." in: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (org) HISTÓRIA GERAL DA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA. Tomo I, Volume 1. São Paulo: DIFEL, 1960. p. 93.)
Com base nesta citação, assinale a alternativa que indica corretamente os principais objetivos das primeiras expedições portuguesas às novas terras descobertas na América:
a) expulsar os contrabandistas de pau-brasil e combater os holandeses instalados em Pernambuco
b) garantir as terras brasileiras para Portugal, nos termos do Tratado de Tordesilhas, e expulsar os invasores estrangeiros
c) instalar núcleos de colonização estável, baseados na pequena propriedade familiar, e escravizar os indígenas
d) estabelecer contatos com as civilizações indígenas locais e combater os invasores franceses na Bahia
8-"Angola, Congo, Benguela
  Monjolo, Cabinda, Mina
  Quiloa, Rebolo"
            (Jorge Ben, África/Brasil-Zumbi)

O texto refere-se a.
a) colônias holandesas de exploração na África do século XVI ao século XVIII.
b) grupos africanos escravizados e trazidos para o Brasil durante a colonização.
c) reinos africanos que se rebelaram contra a colonização portuguesa na época da independência do Brasil.
d) comunidades livres formadas por escravos fugitivos.
e) países africanos atuais que mantêm estreitos vínculos com a cultura brasileira.
9-A centralização político-administrativa do Brasil Colônia foi concretizada com a
a) criação do Estado do Brasil.
b) instituição do Governo Geral.
c) transferência da capital para o Rio de Janeiro.
d) instalação do Sistema das Capitanias Hereditárias.
e) política de descaso do governo português pela atuação predatória dos bandeirantes.
10-As relações escravistas de produção marcaram o período colonial brasileiro. Sobre a utilização do trabalho escravo, podemos afirmar que:
a) o trabalho negro era de baixa produtividade, mas a forte procriação remunerava os investimentos realizados na compra de escravos.
b) a organização tribal dos negros africanos evitava o seu aprisionamento, constituindo-se em um empecilho para as trocas comerciais.
c) articulava-se numa estrutura comercial onde a aquisição de escravos permitia o barateamento da produção de produtos tropicais.
d) o trabalho escravo era economicamente menos rentável que o trabalho indígena, que possibilitava a existência de um mercado interno na colônia.
e) os senhores de engenho brasileiros e a burguesia comercial intermediária favoreceram a acomodação inter-racial existente no Brasil-Colônia, possibilitando a organização dos negros.
GABARITO
1-D
2-B
3-E
4-A
5-C
6-B
7-B
8-B
9-B
10-C

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Brasil Colônia

Denomina-se Brasil Colônia período da história entre a chegada dos primeiros portugueses em 1500, e a independência, em 1822, quando o Brasil estava sob domínio socioeconômico e político de Portugal. Todavia, a rigor, o período colonial já havia terminado em 1815, quando Dom João VI elevou a condição do Brasil de colônia para a de Reino Unido, juntamente com Portugal e Algarves.
Eventualmente França e Holanda conquistaram o domínio de regiões estratégicas como, por exemplo, a ilha de São Luís do Maranhão (França Equinocial, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (França Antártica) a cidade de Recife e parte dos atuais estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte (Nova Holanda).
A despeito destas ocupações, manteve-se, no período colonial, a unidade linguística e cultural do Brasil.
O período colonial pode ser subdividido nas seguintes categorias:
  1. Período pré-povoamento (do descobrimento até 1530)
  2. Ciclo da cana de açúcar
  3. Ciclo do ouro.
A economia do período é caracterizada pelo tripé monocultura, latifúndio e mão de obra escrava.
Fonte: http://pt.wikipedia/



A organização administrativa inicialmente foi montada de forma descentralizada, através do sistema de Capitanias Hereditárias: o território foi dividido em lotes e concedido a pessoas interessasadas em vir colonizar a terra com seus próprios recursos.
Dois documentos regiam o sistema: as Cartas de Doação e os Forais.(...) A experiência não surtiu os efeitos esperados.
Modificou-se, então, o projeto descentralizador, com a criação do Governo Geral (1548), encarregado de prover apoio e coordenação às capitanias.(...)
Dois produtos chamam a atenção: o açúcar e o ouro. Ao lado deles algumas outras atividades: pecuária, tabaco, aguardente, algodão, droigasd do sertão.
Debret
A empresa açucareira teve êxito devido ao interesse do mercado externo; a experiência dos portugueses; a partcipação holandesa, através do financiamento, refino e distribuição do açúcar na Europa; a qualidade do solo e as condições climáticas do território brasileiro.
As razões da decadência do açúcar no século XVII prendem-se à União Ibérica (1580-1640) que levou Portugal a ser dominado pela Espanha. Os espanhóis, em guerra com a Holanda, proibiram a esta última continuar participando dos negócios açucareiros, motivando a invasão do Nordeste brasileiro pelos flamengos.
Após a sua expulsão, os holandeses deram início à produção do açúcar nas Antilhas, passando a concorrer com o nosso açúcar.
Os bandeirantes tiveram um papel relevante nesse momento, intensificaram sua procura por metais preciosos.
Entre 1693 e 1760, na região compreendida pelos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, teve lugar a extração do ouro e dos diamantes. De imediato esta região, até então inexplorada, recebeu um extraordinário afluxo de pessoas, vindas da metrópole e de outras regiões da colônia, originando um conflito de interesses com os paulistas, do qual fez acontecer a Guerra dos Emboabas.
A regulamentação da atividade mineradora era muito rigorosa. A Intendência das Minas, a Criação das Casas de Fundição, a cota mínima anual de 100 arrobas, a derrama, o imposto de capitação eram formas de controle exercidas pelo governo de Portugal sobre essa região.
A cobrança do quinto assumia ares de uma vewrdadeira guerra. Diversas revoltas ocorreram nessa região.
Ouro Preto
A decadência da atividade mineradora prende-se ao esgotamento natural das jazidas,à pobreza técnica.
mina de ouro - MG
O ouro enviado para a Metrópole, lá não permaneceu, pois teve que ser enviado à Inglaterra, devido aos termos do Tratado de Methuen(1703).

Fonte:  História - Ricardo, Adhemar e Flávio